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Mahou Tias 019 - Desafiando O Destino

18/06/2024
Por Danilo Sanches Ferrari

Stefani voltava para casa, caminhando ao lado da mãe. A garota havia acabado de passar por uma experiência desagradável, a retirada dos tampões de dentro das narinas.

Durante o processo, Stefani sentiu muita tontura. Depois dele, ela começou a expelir todo o ranho que ficou acumulado, ficando com o estômago embrulhado.

Quando chegaram em casa, Estela foi arrumar o almoço, mas Stefani disse que o estomago ainda não estava bom para comer. A mulher deu à filha um sal da frutas e foi preparar algo leve.

Stefani ficou deitada pensando no que havia acontecido no dia anterior. Tudo o que Viviane havia contado só tornava as coisas muito mais difíceis. Mas o que incomodava a garota naquele momento era o beijo que havia recebido. Ela nunca tinha parado para pensar se Viviane também curtia garotas. Aquilo não parava de martelar na cabeça de Stefani, que começou a pensar se Viviane não tinha ciúmes dela, por isso as agressões verbais a Ricardo.

Stefani comeu pouco mas Estela não estava brava, afinal, a cena de tanto ranho saindo do nariz da filha tinha realmente sido asquerosa. Ao lembrar da situação a mulher também perdeu a fome.

Apesar de Stefani estar em casa, a mãe da garota estava com a limpeza da casa tão em dia que quando Ricardo chegou a mulher estava assistindo TV.

Quando Stefani entrou com o rapaz no quarto, ela ficou vermelha e pediu desculpas pelo que tinha acontecido na ultima ida de Ricardo até o quarto dela.

O rapaz riu e falou que ela não devia se preocupar, que no fim das contas foi bem engraçado.

Stefani começou a copiar o caderno de onde tinha parado. Ela ia resolvendo os exercícios tentando não copiar as respostas do rapaz.

Ricardo quis saber se a garota iria à escola segunda-feira. Ela respondeu que sim, o que deixou Ricardo preocupado:

- Puxa, quando a Viviane te ver ela vai ficar muito brava!

- Não vai não. – Respondeu a garota.

- Como você pode saber? Vocês eram amigas e, mesmo assim, ela te enfiou a mão na cara. – Falou o rapaz desafiadoramente.

- Ela veio me pedir desculpas ontem. – Contou Stefani.

- E você aceitou? – Questionou Ricardo arregalando os olhos.

- Sim, depois do que ela me contou e me prometeu, eu aceitei. – Falou a garota.

Ricardo perguntou o que Viviane havia contado. Stefani falou tudo o que a garota havia contado, omitindo apenas o fato de ter sido beijada.

Ricardo ficou roxo, o que fez Stefani começar a rir. Ela terminou de copiar a última parte que faltava para ficar em dia, largou a caneta e perguntou:

- Então pela sua reação, ela não mentiu. Certo?

O rapaz abaixou a cabeça e respondeu que não, que Viviane não havia mentido. Stefani sorriu e falou:

- Então não precisa ficar com vergonha. Pode ter orgulho.

Tudo sobre a profecia de Laura havia sumido da cabeça da garota. Afinal, Viviane era bem mais atraente que ela e, mesmo assim, Ricardo preferiu esperá-la. Stefani se jogou sentada no colo de Ricardo e começou a beijá-lo.

Stefani escutou um barulho mas não deu importância. Afinal, as mãos de Ricardo no corpo dela eram mais importantes que um barulho qualquer.

Os dois estavam se beijando tão vorazmente que saliva escorria pelo queixo de ambos.

Ricardo colocou as mãos na barriga da garota, por baixo da camisa. Como não houve nenhum protesto da parte de Stefani, ele as guiou até o sutiã da garota, começando a massagear os seios dela.

Stefani tirou a camisa, jogando-a sobre a escrivaninha, enquanto Ricardo tirava o seu sutiã começando a beijar os seios dela.

Quando Ricardo estava praticamente mamando em um de seus seios, Stefani olhou para a porta do quarto e ficou branca. Encostada no batente da porta estava Laura, que tinha um sorriso malicioso nos lábios e falou:

- Atrapalho alguma coisa?

O susto fez Ricardo morder o seio de Stefani que gritou e saiu do colo do rapaz, colocando a roupa que tinha sido tirada.

Ricardo perguntou quem era aquela mulher, enquanto Stefani perguntava o que ela fazia lá. Laura respondeu aos dois de uma vez:

- Eu sou Laura, a pessoa que teve a visão de que você iria morrer. E eu vim explicar tudo com calma. Vim evitar.

Stefani ficou calada e olhou para Laura sem falar nada. A mulher explicou que, depois que as duas discutiram no telefone, ela foi se aconselhar e percebeu que era melhor contar o que viu.

Ricardo riu e falou que não acreditava nesse tipo de coisa. Laura o desafiou perguntando se ele queria uma prova. O rapaz hesitou mas aceitou o desafio, pedindo a tal prova.

Laura piscou e disse que em instante vários passarinhos entrariam no quarto. Ricardo, que estava sentado, tomou um susto quando cerca de 15 aves entre quero-queros, pardais, bem-te-vis e beija-flores entraram no quarto e se empoleiraram na escrivaninha, na janela e nos puxadores do guarda-roupas.

Stefani pediu para Laura impedir que eles fizessem cocô ali. Ela respondeu que isso estava sob controle e perguntou para Ricardo se podia mandar as aves embora.

O rapaz disse que sim com a cabeça. Em seguida, as aves saíram do quarto sem deixar sujeira alguma.

De braços cruzados, ainda encostada no batente da porta, Laura perguntou:

- E então, rapaz… acredita agora?

- Admito que algo estranho aconteceu. Acho melhor te dar um voto de confiança. – Respondeu Ricardo, inseguro.

Laura contou o sonho para os dois. Ela apenas mudou a parte em que Stefani se transformava e atirava raios, para não revelar o segredo. Stefani entendeu o que Laura estava fazendo e agradeceu com um sorriso.

Ricardo perguntou se Laura sabia qual era o nome da tal rua. Ela disse que não, pois nunca tinha ido para aquele lugar.

Ricardo sugeriu que eles fossem procurar a tal rua. Assim ele poderia evitá-la quando estivesse com Stefani. As outras duas acharam a ideia boa e todos desceram para sair.

Estela estava sentada na cozinha com o pai de Laura que, quando os viu descendo, perguntou onde iam. Laura explicou a ideia de Ricardo e Estela perguntou se o pai de Laura poderia levar a todos, pois ela também queria ir.

O homem achou prudente. Em instantes já estavam na rua com Ricardo indicando caminhos de ruas comerciais.

Laura estava no banco do passageiro olhando para todos os lados, para não perder nenhum detalhe. No banco de trás, Ricardo estava entre Stefani e Estela.

Em determinado momento Laura falou que aquelas ruas eram muito largas e que a rua do sonho era mais estreita. Uma lâmpada ascendeu na cabeça de Ricardo, que começou a indicar o caminho para uma rua conhecida por vender itens chineses, bijuterias e roupas falsificadas.

Enquanto ia ditando o caminho, Ricardo ficava com o coração apertado, torcendo para que não fosse aquela rua.

Quando chegaram à rua, Laura começou a balançar a cabeça de cima para baixo, “É aqui”, o que fez Stefani ficar apreensiva. Em certo momento, Laura tirou o cinto de segurança e se virou totalmente para trás, a tempo de ver uma motocicleta com dois homens. O garupa parecia estar mexendo em algo dentro da jaqueta.

Laura se virou para frente apertando o botão para abaixar todo vidro, então ela colocou a cabeça para fora gritando “Cuidado!”, para um homem negro alto que estava encostado na vitrine de uma loja de roupas.

Mas já era tarde, ao mesmo tempo em que ela gritou o garupa disparou e o homem caiu com o peito sangrando.

Stefani que estava atrás do pai da Laura deu um grito e Estela, vendo o homem cair, cobriu a cabeça e começou a chorar. A moto passou pelo carro, e o garupa deu um tiro na direção da janela do pai de Laura, mas o vidro blindado segurou a bala.

A moto saiu em disparada costurando por entre os carros e pedestres, enquanto o homem baleado era socorrido.

O pai de Laura dirigiu o mais rápido possível para fora dali. Laura estava com a mão no queixo, pensativa. Ricardo estava pálido. Stefani tremia e Estela se acabava em lágrimas.

Sem saber exatamente como, eles voltaram para a casa de Stefani e todos sem exceção tomaram um belo copo de água com açúcar.

Depois de um tempo, Laura pediu para ela, Stefani e Ricardo irem para o quarto de Stefani.

Ricardo se sentou na cama com as mãos no joelho, olhou para Laura e falou:

- Nunca mais vou duvidar de você. Obrigado.

Laura agradeceu, mesmo estando insatisfeita por não ter salvo o homem. Mas Stefani, que agora estava mais calma, perguntou:

- Mas tem uma coisa… O que eu e o Ricardo iríamos fazer ali hoje?

Ricardo se levantou, se aproximou de Stefani e falou:

- O que a gente tava fazendo até a Laura interromper!

- Dando uns amassos? – Falou Stefani corando.

- A gente tava quase transando. E eu sempre tive comigo, que quando eu tivesse minha primeira vez com uma garota, iria comprar uma bijuteria para ela. Quando eu tava chupando seu peito, eu decidi que ia te levar para lá assim que a gente terminasse.

Stefani perdeu a cor e começou a chorar abraçando Ricardo, que a abraçou de volta. Laura ficou observando satisfeita e com uma pontinha de inveja de Stefani.

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