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Mahou Tias 025 - A Justiça Da Justiça

14/08/2024
Por Danilo Sanches Ferrari

Por volta da hora do almoço, os jornais começaram a divulgar o motivo da morte do comandante. Segundo os legistas do IML, o nervosismo durante a coletiva causou um derrame fatal.

Tatiane, diferente de todos os outros na casa dos pais de Pâmela, estava preocupada. Durante a coletiva de imprensa, ela ficou prestando atenção nos líquidos dos corpos dos policiais e o comandante não dava indícios de que estava prestes a ter um derrame. O derrame ocorreu apenas no momento em que o homem escutou as palavras da repórter.

Leidiane questionou se isso era verdade. Então, ele morreu por ter descoberto que, na casa dos pais de Pamela, estavam as Supermulheres.

A relativa tranquilidade de todos na casa desapareceu, deixando uma sensação de tristeza.

A mãe de Pâmela, sem conseguir aguentar a situação, foi para o andar de cima rezar. Estela, preocupada com a saúde da mulher, a seguiu.

Apesar de o pai de Pâmela achar que aquelas frutas eram amaldiçoadas, ele ficou quieto, pois todos os outros estavam empenhados em formas de falar com Laura.

Apesar de não gostar de fazer isso, Leidiane pensou em usar seu status de estilista recém bem-sucedida para tentar comprar ou facilitar a saída dela dali.

Tudo o que eles precisavam era de uma pessoa fora do cerco, alguém que pudesse chegar até Laura e pedir para ela falar com os animais em busca de respostas.

Stefani, que estava encostada na pia, tomando um copo de água, tomou um susto arremessando o copo para o alto, quando viu entrar uma ratazana, de cerca de 30 centímetros, pela porta dos fundos.

Leidiane, Jessica e Tatiane se transformaram, procurando algo que não sabiam o que era.

Leidiane foi a primeira a perceber o rato e se destransformou, mandando Jessica e Tatiane fazerem o mesmo.

Depois de uma rápida olhada pelas janelas, perceberam que ninguém do lado de fora havia notado o grito de Stefani.

Pâmela subiu para explicar para Estela e a mãe o que tinha sido o grito. Leidiane pediu para não fazerem mal ao rato, enquanto tirava um tinteiro e um bloco de anotações de uma bolsa que Augusto tinha pego com Laura antes de ir para lá.

Leidiane colocou o tinteiro sobre duas folhas que tinha arrancado do bloco e se afastou.

A ratazana subiu nas folhas e enfiou a cauda dentro do tinteiro. Em seguida, o animal desenhou três palavras no papel “morreu mecanismo defesa”.

Leidiane arrancou outra folha, só que nesta ela escreveu: “Ele morreu por que descobriu quem eram as Supermulheres?”. Em seguida dobrou o papel e colocou no chão, mas o rato não fez nada.

Ela pediu um pedaço de pão ou queijo para dar para o animal que, depois que comeu, mordeu o papel dobrado e saiu pela porta dos fundos desaparecendo na mata.

Stefani, o pai, Augusto e o pai de Pâmela ficaram olhando, atônitos. Leidiane explicou que Laura tinha treinado alguns ratos para desenharem coisas que viam.

Cerca de meia hora depois o rato voltou com outro papel na boca, que trazia escrito: “Ele sabia exatamente quem era cada uma.”.

Aquela resposta trouxe consigo várias outras perguntas. Augusto indagou que Pâmela e ele não sabiam que Leidiane era a mulher de vermelho e nem que Tatiane era a de azul, situação que também se aplicava aos pais de Stefani.

Stefani levantou a possibilidade de isso ser por que eles já sabiam sobre Jessica e ela mesma.

A hipótese de Stefani fazia bastante sentido mas, mesmo assim, todos decidiram agir com cautela.

Estela desceu do segundo andar apavorada, pois a mãe de Pâmela estava passando mal. Jessica e Tatiane subiram as escadas, enquanto Augusto, Otávio e o pai de Pâmela correram para fora para pedir a ajuda da polícia.

Stefani e Leidiane se juntaram a Jessica, Tatiane, Estela e Pâmela, que traziam a mulher para baixo.

Do lado de fora da casa, os policiais não queriam deixar ninguém sair do cerco e nem mandar socorristas para avaliar a mulher.

As mulheres deitaram a mãe de Pâmela no chão, na frente dos policiais. A mulher estava com falta de ar e dor no peito.

Dois homens de uma viatura de resgate se aproximaram para ver o que se passava com a mulher. Eles suspeitaram que ela estava com um princípio de infarto.

Um dos socorristas voltou até a viatura da SAMU e pegou uma injeção para aplicar nesse tipo de situação.

O motorista da ambulância levou o carro para perto da mãe de Pâmela, mas o policial que parecia estar no comando apontou a arma para o motorista e o mandou parar.

Os dois começaram a bater boca:

- Ninguém vai sair daqui! – Gritou o policial.

- A mulher precisa de um hospital! – Retrucou o motorista.

- Só quando a gente encontrar aquelas vadias! – Voltou a gritar o policial.

- Elas já tão longe! Acorda! – Rebateu mais uma vez o motorista da SAMU.

Enquanto os dois continuavam batendo boca, a mãe de Pâmela foi colocada no resgate, mas nem Pâmela e nem o pai subiram. Pâmela foi até Jessica e falou no ouvido dela:

- Você é médica… Cuida da minha mãe e sai daqui.

- Não, eu vou ficar… É a sua mãe. Se puder fala com a Laura. – Respondeu Jessica também no ouvido de Pâmela.

Pâmela subiu na viatura que arrancou rapidamente. O policial que estava batendo boca com o motorista começou a atirar na direção da viatura, porém ele foi atingido na mão por um tiro, largando a arma.

O policial que as Supermulheres conheceram no galpão da FreshCola se aproximou com a arma apontada para o policial em que tinha atirado:

- Eu estou assumindo o controle da operação! E você está preso por abuso de poder, omissão de socorro e por colocar inocentes em risco, com disparo de arma de fogo! Alguém tem alguma objeção?!

Alguns policiais, que eram a favor das medidas do policial baleado na mão, levantaram as armas na direção do novo comandante. Porém ,outros soldados que achavam o cerco exagerado se juntaram aos soldados que haviam acabado de chegar, cercando os policiais rebeldes, obrigando-os a largar as armas.

Um por um, os policiais que haviam sido desarmados foram retirados do local e o novo comandante começou a organizar as coisas.

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