- Ela disse que tinha cortado sua garganta! E de onde seu cavalo tirou asas? – Questionou Jat.
- Ela cortou. As asas foram presentes da pequena aqui. – Respondeu Laura.
- Não sei como eu fiz isso, até agora… – Falou a pequena Jessica.
Só então Jat e as outras perceberam que Laura, a criança e o cavalo estavam translúcidos e compreenderam que aquelas eram as almas deles.
- Vocês não vão atacar a bruxa? - Questionou Laura.
As Mahou Tias haviam se esquecido da mulher e nem questionaram o motivo de Laura a ter chamado de bruxa ou o fato de estarem vendo almas.
A bruxa se levantava lentamente, fazendo a luz vermelha lhe envolver o corpo.
Faísca foi rápida e disparou um raio, que atingiu o ombro da mulher, a tonteando, fazendo a luz vermelha sumir.
Jat e Wind correram na direção da bruxa e enquanto corriam arremessaram rajadas de fogo e vento que se uniram atingindo a mulher, que berrou de agonia.
As roupas, o cabelo e a pele da bruxa começaram a pegar fogo. Então ela começou a rolar no que havia sobrado de grama e na terra.
A bruxa começou a xingar e amaldiçoar as Supermulheres, que iam se aproximando lentamente dela.
Pâmela tentava se levantar, mas as dores eram fortes. Além disso, a possibilidade dos pontos que a mãe de Ricardo tinha feito estourarem era grande.
Jat, Wind e Faísca formaram uma meia-lua em torno da bruxa, quando está já tinha apagado as chamas, e voltaram a atacar. Primeiro Stefani, depois Leidiane e Jessica.
A mulher voltou a berrar e rolar no chão, apagando as chamas, sendo atacada novamente pelas três.
Enquanto a mulher rolava no chão, mais uma vez para apagar as chamas, Jat gritou:
- Se renda! Você perdeu!
A bruxa apagou as chamas e respondeu tentando se levantar:
- Eu não perdi… Vocês poderiam ter ganhado, mas não pensaram em me matar.
Quando a mulher terminou de falar, ela esticou a mão na direção de Jat, disparando um raio vermelho semelhante ao disparado pelas plantas.
Leidiane foi arremessada a dois metros, com os ossos do tórax e costelas quebradas, sem condições de se levantar.
Faísca disparou um raio, e o manteve eletrocutando a mulher enquanto Wind retirava o ar de seus pulmões, dessa vez com sucesso.
Quando a bruxa desmaiou, Faísca e Wind foram até a kombi buscar cordas para amarrá-la.
Elas amarraram os pés e as mãos da bruxa, em seguida amarraram suas mãos aos pés e então trançaram uma corda entre cada perna e cada braço, dando mais alguns nós firmes.
Laura se aproximou de Wind e falou:
- Não sei se vocês têm muita escolha. Não acho que ela vá se entregar.
- Matar alguém, por pior que a pessoa seja, é um passo sem volta… – Falou Wind, insegura.
Faísca tinha a mesma sensação. Matar plantas era uma coisa, mas uma pessoa era algo diferente.
A bruxa acordou e começou a rir, dizendo:
- Ingênuas! Essas cordas não vão me segurar!
Ao dizer isso, ela fez a luz vermelha lhe envolver o corpo e cortar as cordas.
Faísca e Wind ficaram sem reação e também foram atingidas por raios disparados pela mulher.
Logo que as duas foram atingidas pelo ataque da bruxa, um jato de luz bege saiu do lampião da pequena Jessica, atingiu a bruxa e arremessou-ao longe, fazendo a luz vermelha sumir.
Bolinha, que já estava recuperada, se levantou. Agarrando a arma do marido, atirou na mulher.
A bruxa foi atingida nos ombros, no rosto e nos braços.
Quando Bolinha estava prestes a disparar mais tiros, a bruxa gritou de uma maneira aguda e ensurdecedora.
Várias das aves zumbis que Laura havia encontrado apareceram, cravando suas garras na mulher. Então elas saíram voando, carregando-a para longe.
Bolinha voltou a atirar, porém aves se colocavam na frente das balas, servindo como escudo, possibilitando a fuga de sua mestra.
Bolinha desistiu de atirar e foi verificar se havia mais alguém morto. Apesar de estar tonta, ela havia escutado tudo.
O saldo da batalha tinha sido terrível. Ricardo estava com um corte horrível, correndo real risco de morte. Augusto tinha um furo que ia da barriga às costas, em um caminhão tombado. Três das Mahou Tias tinham múltiplas fraturas no tórax e nas costelas. Pâmela estava sem condições de se levantar. O pai de Ricardo, o de Viviane, Otávio, Tiago e Mário tinham sérios cortes na altura do peito. Vagner tinha oito perfurações graves. Estela, Débora, Viviane e a mãe de Ricardo tinham cortes e fraturas leves, mas que as faziam ter dificuldades para se levantar. E ainda tinham três mortes.
Ninguém havia percebido durante o combate com a bruxa mas, provavelmente por causa da grande quantidade de cortes que havia sofrido, Vitório havia desmaiado próximo ao corpo do pai.
Tatiane era quem estava melhor, pois só estava com os seios inchados. Ela se perguntava o que iria fazer com tantos feridos e como explicar para o resgate. Enfim, como sairiam dali.