Home - novels - Mahou Tias 065 - Na Tribo Oculta

Compartilhe:

Categoria

Mahou Tias 065 - Na Tribo Oculta

21/01/2025
Por Danilo Sanches Ferrari

O cacique se aproximou das duas, que estavam contentes por terem achado o local, e ordenou:

- Na terra de índio, vocês fica como índio.

Tatiane e Viviane não entenderam bem o que o cacique quis dizer. Percebendo isso, o homem tentou explicar:

- Roupa, tira roupa.

Tatiane ficou vermelha e tentou argumentar:

- Me desculpe, mas não estou acostumada a ficar sem roupa na frente de pessoas.

- Terra de índio, regra de índio. Se não pajé não ajuda. – Falou o cacique.

- Por favor, entenda, nós não estamos acostumadas, vai nos atrapalhar. – Falou Tatiane.

- Sua amiga pensa diferente. – Falou o cacique apontando para onde estava Viviane.

Quando Tatiane olhou, viu Viviane já retirando a calcinha. Ela se aproximou da garota, encostou os lábios em suas orelhas e falou com raiva:

- Sua filha da puta! Você me paga… Vai pagar por isso.

- Você não imaginou que isso ia acontecer? – Questionou Viviane.

Derrotada e constrangida, Tatiane se despiu, olhando em volta para ver a reação dos outros homens da tribo. Para a felicidade dela, eles pareciam não estar tão interessados, já que se concentravam em seus afazeres.

O cacique ordenou que elas ficassem junto de algumas senhoras, que teriam a missão de vigiá-las enquanto elas não estivessem com o pajé.

Assim que as duas terminaram de se organizar, o pajé pediu para que ela o seguissem.

Ele foi passando por grandes árvores e entrando cada vez mais em mata fechada. Porém, do nada, eles chegaram ao que parecia ser um pequeno riacho, que com uma olhada mais atenta, mostrou-se uma pequena nascente.

O pajé, que já tinha memorizado o nome das duas, olhou para Tatiane e falou:

- Água sai das pedras. Tatiane vai dar poder da vida pra pedra fazer mais água.

Sem saber como dar sua energia vital para a nascente, Tatiane se sentou no chão, tomando cuidado para proteger suas partes intimas. Porém, o pajé falou para ela entrar na água. Tatiane obedeceu e entrou na água, que estava fria, lhe fazendo tremer.

Ele falou que voltaria quando o sol começa-se a se apagar. Então saiu andando e fez sinal para Viviane o seguir.

Mais alguns metros de caminhada fizeram eles desembocarem na frente da mais alta árvore que Viviane já tinha visto. A árvore também era grossa e tinha raízes gigantes que estavam cravadas na terra.

O pajé percebeu o espanto de Viviane e falou para a garota:

- Árvore antiga e sábia, viu muita coisa e sobreviveu a muita coisa. Esse é lugar bom pra ouvir a natureza. Então escuta.

Após falar isto, o pajé saiu andando, deixando Viviane sozinha. A garota se sentou em uma das raízes da árvore tentando entender o que o pajé quis dizer com escutar a natureza.

Tatiane estava até a cintura na nascente, tentando perceber de que ponto das pedras a água saía, enquanto tentava ignorar o frio.

Apesar de já ser inverno, antes de entrar na água Tatiane não sentia tanto frio. Porém, ao entrar, a coisa mudou de figura.

O frio estava atrapalhando sua concentração de tal forma que nem fazer água sair das mãos Tatiane conseguia.

Viviane resolveu ficar quieta e, apesar da dificuldade, tentou não pensar em nada.

Ela escutava e sentia a brisa do vento percorrer seu corpo nu, enquanto tentava se concentrar para entender o que os animais em volta estavam dizendo.

Nada do que ela ouviu fazia muito sentido, pois a maioria dos animais parecia estar preocupada com seus ninhos, alimentação e sobrevivência.

Quando a noite começou a cair, o pajé foi até Viviane e a pediu para segui-lo. Depois foi até Tatiane, que estava tremendo horrores, e fez o mesmo. Durante o caminho, ele falou:

- Mulheres não conseguiram aprender nada. Quando o sol voltar, mulheres vão tentar outra vez.

Tatiane passou a noite tentando se aquecer junto de uma fogueira. Viviane tentava fazer amizade com as índias moças.

Elas tiveram que subir em uma árvore para conseguir algum sinal e mandar SMS para os que tinham ficado em São Nunca, avisando que estavam bem.

Após dormirem juntas, para se aquecerem, assim que o sol começou raiar o pajé as acordou, as fez comer e levou cada uma para o mesmo local do dia anterior, para que agora elas tivessem um dia inteiro para aprender.

Comentários

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

©TrêsQuartosCego 2024. Todos os direitos reservados
crossmenu